Blog sobre a Chácara Santa Bárbara, localizada em Encruzilhada do Sul, Rio Grande do Sul. Olga e Alpídio Carvalho adquiriram o imóvel em 1923, sendo que o prédio data de 1914. A parte onde se localiza a casa é hoje propriedade de dois netos de Olga e Alpídio, Tales Adão e Maria de Fátima, que receberam o legado de Nely Carvalho Silveira, responsável pela manutenção e conservação do prédio histórico.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Açucenas
Final de fevereiro elas começam a aparecer, mas explodem mesmo no mês de Março, quando se espalham por vários pontos da Chácara. É uma variedade de amarillis, são lindas e delicadas e tem um perfume suave e doce. Durante o ano nada se vê no lugar onde elas surgem, mas quando chega o momento delas, começam a romper a terra numa haste longa e depois desabrocham numa flor bela e elegante. O mês de março é delas, mesmo que haja outras flores, o olhar vai para elas, sei que depois só em março do próximo ano. Quando chove e ficam gotículas nas pétalas, o perfume ainda fica mais intenso. Como diz a Teca, DEUS é perfeito, toda a informação contida em uma "batata" sem graça, entra em mutação e se revela na perfeição dessa flor.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Meus anjos de quatro patas
Resgatei, curei e adotei, na esperança de arrumar um lugar em que sejam acolhidos e amados. Para mim são seres de luz, inocentes, anjos feridos a quem dei proteção, amo todos e eles me amam. Seus olhares para comigo são cheios de gratidão, não vejo censura, nem críticas, me amam porque nossas vidas se cruzaram por sincronia do Universo e eles hoje fazem parte da minha história , já moram no meu coração e nossos espíritos comungam.
Alegria, a brincalhona.Tara, a tímida e discreta.Pretinha, boa de ronda.Branquinha, a menor(ao lado de Scully)
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
A poda que vira floresta
Podamos as cicas, renderam muitas mudas, tantas que foram plantadas no campo próximas ao arame. Acho que foi a Teca que disse: Agora temos uma floresta de Cicas.
Da poda do jardim da frente renderam mais de setenta mudas, cortadas e aproveitadas.A intenção é trocar em uma floricultura por mudas de outras espécies.Fico pensando: Quantos e quais jardins elas irão adornar? Crescerão bonitas? As pessoas que olharem saberão o valor que ela tem? Não valor monetário, mas valor como flora. Há trezentos milhõe de anos que elas vivem nesse planeta, são considerados fósseis vivos e também plantas místicas.Na semana santa, seus ramos são levados em procissão e depois de bentos serão acesos nas casas em dias de tempestade. Sempre que acendo um ramo aqui na Chácara, lembro que naquele exato momento, em centenas de casas encruzilhadenses muitas pessoas estarão fazendo o mesmo, com ramos saídos daqui, e me orgulho do lugar que agora moro e sei o quanto ele é especial. Eu conheço o coração dessa casa e percebo o seu espírito. E caso alguém ache estranho ao ler isso, as casas tem alma também, elas também tem quereres, mas é preciso perceber isso com um olhar profundo, que alcançe cada pedaço disso aqui e perceba que essa alma foi construída com a contribuição de quem aqui viveu e percebeu isso.Quando eu seguro as chaves para fechar as portas quando viajo, deixo com ela a minha saudade antecipada. Na volta quando faço o mesmo gesto, dessa vez para abrir , não entro apenas na casa que eu moro, eu entro no lugar onde minha alma habita e encontra aconchego.
Da poda do jardim da frente renderam mais de setenta mudas, cortadas e aproveitadas.A intenção é trocar em uma floricultura por mudas de outras espécies.Fico pensando: Quantos e quais jardins elas irão adornar? Crescerão bonitas? As pessoas que olharem saberão o valor que ela tem? Não valor monetário, mas valor como flora. Há trezentos milhõe de anos que elas vivem nesse planeta, são considerados fósseis vivos e também plantas místicas.Na semana santa, seus ramos são levados em procissão e depois de bentos serão acesos nas casas em dias de tempestade. Sempre que acendo um ramo aqui na Chácara, lembro que naquele exato momento, em centenas de casas encruzilhadenses muitas pessoas estarão fazendo o mesmo, com ramos saídos daqui, e me orgulho do lugar que agora moro e sei o quanto ele é especial. Eu conheço o coração dessa casa e percebo o seu espírito. E caso alguém ache estranho ao ler isso, as casas tem alma também, elas também tem quereres, mas é preciso perceber isso com um olhar profundo, que alcançe cada pedaço disso aqui e perceba que essa alma foi construída com a contribuição de quem aqui viveu e percebeu isso.Quando eu seguro as chaves para fechar as portas quando viajo, deixo com ela a minha saudade antecipada. Na volta quando faço o mesmo gesto, dessa vez para abrir , não entro apenas na casa que eu moro, eu entro no lugar onde minha alma habita e encontra aconchego.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Ué sai, aqui não...
Olha outra cobra, ou será aquela que passou rente ao braço do Sr. Milton? Fazia muito tempo que uma não entrava dentro de casa, e logo no meu quarto, ainda por cima a noite. Acho que era filhote. Ou estava fugindo da gata ou entrou por uma fresta do assoalho. Calma Dalfran, não matei, peguei direitinho com a pazinha do lixo , daquelas com cabo, levei para além do murinho e larguei. Acho que é a dormideira, a que parece jararaca, mas não é, segundo o Instituto Butantã. Já postei sobre a rastejante no dia 17 de outubro de 2009. Vamos as fotos das duas:
A outra, do dia 16/02/2010:
Comparada e conferida, trata-se da mesma cobra. Viu Dalfran, tudo nos conformes segundo os direitos dos animais.Qualquer dúvida se um animal desse tipo apresenta riscos, fotografe, não mate, mande a foto para o Instituto Butantã e eles vão dar a informação correta.
Calor e novos bichos
Este verão tem sido o mais quente aqui na terrinha, segundo minha mãe com seus oitenta e quase sete anos, ela não viu um assim por aqui. Finalizaram as reformas, agora vem a pintura externa. Mais dois cachorrinhos por aqui, uma trazida por outra defensora dos animais. Uma fêmea cheia de carrapatos, magra e com olhar de "por favor me ajudem", e eu ajudei, fazer o que, como disse meu irmão, eu devo a minha vida a uma cachorra, tenho gratidão por isso , salvo e salvarei quantas eu puder.Um eu dei o nome de Bento (bentinho) um linguiçinha, com problemas dermatológicos e precisando de ajuda. Minha irmã disse que ele deveria chamar-se Lázaro.Mas Bento (São Bento), me pareceu mais parecido com ele.Rola faceiro pelo capim e pela grama, atende pelo nome e é obediente, tadinho não quer incomodar para que não o mandem embora, mas isso eu não faço, já conquistaram o meu coração.Ah, já aceitei que depois de orientar o aprendizado de crianças e adolescentes por vinte e cinco anos, agora o Universo me colocou diante da tarefa de proteger bichinhos, eu aceito e reverencio DEUS por me confiar tarefa tão bela.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Frescor
Depois de dias abafados, eis que nessa madrugada a frente fria conseguiu romper a massa quente.Para nosso alívio, dos passarinhos e demais seres que também sofrem com o calor.Amanheceu tudo molhado, cheirando a terra e mato, me deu até vontade de limpar o campo. Já combinei com o Sr. Milton, ele pega uma máquina e eu pego outra. Consegui mais alguém para adotar outro filhote, até a mãe achou que diminuiram os cães de rua, mas nas vilas ainda tem muitos.O dia esteve nublado e isso amenizou a temperatura. Os trabalhos na casa do caseiro terminaram, agora vou limpar as paredes internas e começar a pintar, ficou bonitinha, mas precisa da pintura externa.O pior desse calor é que qualquer ferida nos cachorros torna-se infecção, já tratei o Argos duas vezes com antibióticos, até isso aprendi: dar injeções no músculo, curar bicheira, tratar carrapatos e bernes, eca...Ossos do ofício, vivendo e aprendendo.
A cobra e a Cica
As cicas do jardim da frente foram podadas. Quando realizava o seu trabalho, o Sr. Milton que sempre o faz com o maior respeito, sempre trocando idéias com a natureza sobre os porques de suas tarefas, ralatou-me o seguinte:
Dona Fátima, quando estava cortando um galho, uma cobra desceu pelo tronco, passando rente da minha mão, era uma jararaca, imagina se ela me pega, eu estava sem luvas.
Ao que respondi:
Sr. Milton o senhor não pode trabalhar sem luvas. Tem certeza que era uma jararaca? Tem uma cobra, a dormideira, que é confundida com a jararaca.
Relatei o fato e meu cunhado Dalfran, perguntou:
O que ele fez com a cobra? Dalfran é contra matar bichos.
Voltei e perguntei:
Sr. Milton, o que houve com a cobra? O Sr. matou?
Sr. Milton:
Não Dona Fátima ela se foi prá aquele lado, deslizando, a bichinha.
Ah bom, quando encontrar outra não mate. Essa estava no tronco porque ele estava úmido, ela come lesmas.
Parecia uma jararaca dona Fátima.
Dona Fátima, quando estava cortando um galho, uma cobra desceu pelo tronco, passando rente da minha mão, era uma jararaca, imagina se ela me pega, eu estava sem luvas.
Ao que respondi:
Sr. Milton o senhor não pode trabalhar sem luvas. Tem certeza que era uma jararaca? Tem uma cobra, a dormideira, que é confundida com a jararaca.
Relatei o fato e meu cunhado Dalfran, perguntou:
O que ele fez com a cobra? Dalfran é contra matar bichos.
Voltei e perguntei:
Sr. Milton, o que houve com a cobra? O Sr. matou?
Sr. Milton:
Não Dona Fátima ela se foi prá aquele lado, deslizando, a bichinha.
Ah bom, quando encontrar outra não mate. Essa estava no tronco porque ele estava úmido, ela come lesmas.
Parecia uma jararaca dona Fátima.
Será que não era a cunhada do Lucas?
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Barulho estranho
Sexta-feira acordei pela manhã ouvindo um barulho estranho, sabe aquele som quando alguém está degustando algo? Achei estranho, a Mel levantou para conferir mas não voltou, levantei também, saí do quarto e levei um choque, a Kira minha gata estava degustando uma rã. Não cheguei a tempo de evitar.Na entrada da sala de jantar estava a pobrezinha com as patinhas separadas do corpo.Kira foi embora, deixando o corpinho estendido no chão.Não mato esses bichinhos, mas como explicar à Kira ? Aliás ela está esperando gatinhos novamente.Falha minha que deveria ter castrado, mas estou louca para ver a carinha para deduzir quem é o possível pai.Sábado chegaram Mãe, Iolanda e Dalfran, a Mel se esbaldou com a oferta de massagens.Te prepara Teca. Amanhã eu conto a história da cobra descendo pela Cica. Claro que o Sr. Milton não matou a "marvadinha."
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Calor que dá preguiça
Andava tão sem ânimo com tanto calor, que a preguiça bateu. Mas, daquelas mexicanas sabe? De encostar a cadeira na parede, esticar as pernas e dormir. Mas, definitivamente, sestiar para mim é complicado, se não coloco o despertador, acordo lá pelas quatro dá tarde e aí é pior.E a bicharada coitada, com aquele pelo, os passarinhos com aquelas penas (dia desses li que passarinho não transpira), por isso que quando chove eles gritam de contentamento. Ah, tem uma perereca ou sapo vivendo no cano do ralo da banheira, sério mesmo! Quando tomo banho e a água escorre ela começa a conversar (sim, elas conversam, nós é que não entendemos), talvez ache que eu é que sou intrusa, afinal ela passa o dia ali e eu apareço no final da tarde para tocar água com sabonete cano abaixo.Hoje ficou mais fresquinho, choveu, soprou um ventinho e a temperatura amenizou.Temos uma nova moradora, uma cachorrinha que estava atada, com pote de comida sujo e azedo e uma água também suja, depois de uma denúncia ela mudou para cá. Corre feliz da vida, tem casa maior, pote limpo e comida decente. Quando peguei no colo ela se agarrou em mim e pedi em doação, foi amor a primeira vista . Ah, São Chico de Assis , volta e meia põe um anjo no meu caminho.
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